Em setembro de 2022, Jina Mahsa Amini morreu após ser detida pela polícia da moralidade do Irã. O caso deflagrou a maior onda de protestos no país em décadas. Nesse sentido, os estudantes do Colégio Sigma debateram sobre a revolução das mulheres iranianas no que tange a morte da jovem durante a reunião do comitê da ONU Mulheres, na 22ª edição do Sigma-Múndi. Entre os dias 11 e 13 de maio, o projeto levou para a escola simulações de conferências promovidas por organizações nacionais e internacionais que discutem assuntos políticos, sociais e econômicos.
Em 2023, cerca de 570 alunos, do 9º ano do Ensino Fundamental – Anos Finais até a 3ª série do Ensino Médio, foram divididos em 16 delegações nos moldes da ONU, legislativo, imprensa e CEOs. Para esse ano, a novidade foi o Comitê Filosófico, onde os jovens representaram os maiores nomes da Filosofia em uma discussão intertemporal e passaram por diversas áreas do conhecimento para responder à maior pergunta da Filosofia. “Foi um desafio para os nossos estudantes retratar pensadores e personagens históricos para debaterem temas sobre a vida. Jesus, Buda e Sócrates foram alguns dos nomes que estiveram presentes”, afirma Paulo Macedo, coordenador do projeto.
O feedback dos estudantes foi positivo. Integrantes do comitê da Câmara dos Deputados, os jovens Lucas dos Santos e Ana Clara Lourenço, da 1ª série do Ensino Médio da unidade da 912 Sul, afirmam que a 22ª edição foi incrível e que pretendem participar novamente em 2024. “O Sigma-Múndi estimula a socialização com pessoas fora do nosso círculo diário e nos desafia a falar em público e debater diversos assuntos”, afirma Lucas. “O projeto sempre nos proporciona experiências maravilhosas e inesquecíveis. Os professores estão sempre nos apoiando e se eu pudesse, ainda aumentaria a quantidade de horas que nós passamos na escola durante o evento”, completa Ana Clara.
Vinícius Travassos, estudante da 2º série do Ensino Médio da unidade de Águas Claras, concorda com os colegas. O jovem era integrante do comitê do Supremo Tribunal Federal (STF), e para ele o projeto trouxe assuntos muito interessantes para serem debatidos. “O Sigma-Múndi trabalha com temas fora do nosso ensino regular, além de auxiliar na nossa capacidade de argumentar”, afirma.
A atividade exigiu dos alunos conhecimentos em diversas áreas como História, Geografia, Redação, Português, Sociologia, Artes e outros. Segundo Paulo Macedo, a iniciativa, além de estimular a aptidão crítica e diplomática dos jovens, é uma forma deles experimentarem novas experiências, desenvolver oratória e aprender a resolver problemas de forma rápida e prática. “Os comitês têm temas que nos remetem a assuntos de atualidades, questões históricas e sobre a sociedade brasileira que servirão para aprofundarmos conhecimento e de repertório para avaliações externas”.
Durante a 22º edição do projeto os estudantes também participaram de simulações de reuniões da Organização Mundial da Saúde, Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Senado Federal, Supremo Tribunal Federal (STF), United Nations Security Council (UNSC) e outros.