Uma das estratégias de aprendizado mais efetivas é a que estimula o aluno a aprender na prática. Assim, nada mais justo do que aproveitar as riquezas do nosso país – que abriga uma das maiores biodiversidades do mundo e se destaca pela miscigenação e diversidade nas manifestações culturais – para compartilhar com os nossos estudantes informações de diversas áreas de conhecimento na prática e em campo. A partir do projeto Viagens Pedagógicas nós, do Colégio Sigma, promovemos roteiros espalhados por todo o Brasil para alunos de todos os segmentos com a missão de dar vida às discussões realizadas na escola.
O coordenador da área de Humanidades e professor de Geografia da instituição, Paulo Macedo, um dos educadores que acompanha os jovens nos passeios educacionais, defende que as saídas pedagógicas ensinam a conviver em grupo, se organizar longe dos responsáveis, sedimentar e aprofundar os estudos e estimular a curiosidade pela pesquisa. “Para aprender precisamos ter poeira nos pés e estar próximos do conhecimento”, defende.
Durante cada visita, os educadores aproveitam para realizar revisão do conteúdo de diferentes disciplinas. Além disso, os estudantes também têm a oportunidade de vivenciar e conhecer um pouco mais sobre a história cultural e econômica da região visitada. “As vivências nas excursões deixam marcas não só no enriquecimento do ensino mas principalmente, afetivas”, acrescenta.
Diamantina
Em abril, estudantes do 8º ano desbravaram a cidade de Diamantina, no estado de Minas Gerais. O município faz parte do circuito da estrada real, compõe o período do ciclo do ouro e do diamante, bem como é conhecido por ser berço do ciclo de industrialização do estado. “No âmbito cultural, visitamos monumentos da arte sacra, a história de Juscelino Kubitschek e de Chica da Silva. Nós também tivemos a oportunidade de acompanhar de perto o trabalho de mineradores da região”, comenta. “Estudamos o clima, relevo, estrutura geológica e a produção do tradicional queijo mineiro. No centro histórico da cidade, conhecemos igrejas e museus”, afirma Paulo.
No mesmo mês, foi a vez dos alunos do 6º ano conhecerem Paracatu, também em Minas Gerais, e do 7º ano viajarem pela Cidade de Goiás. “Em Paracatu, o 6º ano pôde aprofundar os conhecimentos no processo de interiorização do país, visitar o centro histórico da cidade para contemplar os monumentos de arte sacra e percorrer fazendas tradicionais para entender mais sobre a agricultura moderna e o processo de industrialização dos produtos agropecuários”, compartilha. “Já no estado de Goiás, o roteiro para o 7º ano permitiu-nos conhecer mais detalhes sobre o movimento dos bandeirantes, o período escravocrata, a literatura de Cora Coralina, além de entender como a agropecuária e o desenvolvimento urbano impactam no bioma Cerrado. Por lá, nós visitamos a casa da Escritora e o balneário para estudo do cerrado”, finaliza o professor.